Se o disco rígido não tivesse ido ao ar, garanto-vos que iria continuar a não me aperceber de quanto estou dependente do computador hoje em dia. Não só a nível profissional como a nível pessoal também.
Apesar de ter por hábito fazer back-ups constantes de toda a informação que guardo no computador, todo o trabalho desenvolvido nas últimas 3 semanas foi ao ar! Não faço back-up todos os dias, nem todas as semanas...
E, ainda por cima, numa altura complicada como esta: final de período, testes para corrigir, notas para ponderar, actividades de Natal para preparar, ministra a apertar com reuniões e tarefas sem sentido e que ocupam demasiado tempo a um professor, não deixando tempo necessário para o que, acredito, ser o mais importante: organizar materiais e preparar aulas adequadas a cada uma das turmas.
Já contei a alguns de vocês, porque me perguntaram. Mas fica aqui o registo. Apesar de leccionar há catorze anos (sim, há mais tempo que muitos de vocês têm de idade!), todos os anos os materiais são diferentes. Não posso simplesmente usar as mesmíssimas fichas todos os anos. Os alunos são sempre diferentes. As turmas funcionam de maneiras diferentes..
O essencial é fazer chegar a informação de forma a que o aluno aprenda. É esse o objectivo primeiro e último do professor: que o aluno aprenda. E como todos os alunos não são iguais e não aprendem de forma igual, então os materiais não podem ser iguais, mesmo que as matérias sejam as mesmas. Por isso, é necessário adaptar ou criar de raiz fichas e materiais diferentes. Lembram-se do OSIASHCO, funcionou, não foi? ;) Hoje, não tenho t-e-m-p-o para elaborar esses materiais diferenciados, essas fichas adaptadas a cada aluno/turma.
As fichas de remediação, por exemplo, são essenciais para cada aluno ultrapassar as suas próprias dificuldades. E as dificuldades do A não são as mesmas do B, que está sentado ao seu lado. E na fila de trás está o Y que sabe a matéria Z mas não sabe a matéria L que o A domina muito bem. E assim por diante, pensem em 26 alunos diferentes em cada turma. Daí fazermos, no início do ano, um teste diagnóstico. Para percebermos exactamente o que cada um dos alunos reteve ou não dos anos anteriores. Este ano, com 143 alunos e sem tempo útil para, com calma, analisar as situações específicas de cada um, vou fazendo o melhor que consigo. Vou fazendo o melhor que me permitem! Mas está a ser muito difícil, porque passo demasiado tempo na Escola, a fazer coisas inúteis, simplesmente burocráticas, que literalmente me roubam o tempo para fazer aquilo que é (mais) importante: pensar em como o João pode recuperar as matérias que não adquiriu e em como posso ajudar a Ana a ultrapassar os seus receios e a começar a participar mais nas aulas.
Bom. Adiante.
Agora vou preparar as reuniões: considerar os elogios e as críticas que vou fazer nos Conselhos de Turma, elaborar as sugestões que vou propor, ponderar os níveis de alguns alunos mais complicados, redigir os relatórios a ser entregues, ... ai, tanta coisa!
Já tenho o meu computadorzinho outra vez :D
Em cima, podem ver o meu novo desktop, uma vez mais um wallpaper do VladStudio.
Apesar de ter por hábito fazer back-ups constantes de toda a informação que guardo no computador, todo o trabalho desenvolvido nas últimas 3 semanas foi ao ar! Não faço back-up todos os dias, nem todas as semanas...
E, ainda por cima, numa altura complicada como esta: final de período, testes para corrigir, notas para ponderar, actividades de Natal para preparar, ministra a apertar com reuniões e tarefas sem sentido e que ocupam demasiado tempo a um professor, não deixando tempo necessário para o que, acredito, ser o mais importante: organizar materiais e preparar aulas adequadas a cada uma das turmas.
Já contei a alguns de vocês, porque me perguntaram. Mas fica aqui o registo. Apesar de leccionar há catorze anos (sim, há mais tempo que muitos de vocês têm de idade!), todos os anos os materiais são diferentes. Não posso simplesmente usar as mesmíssimas fichas todos os anos. Os alunos são sempre diferentes. As turmas funcionam de maneiras diferentes..
O essencial é fazer chegar a informação de forma a que o aluno aprenda. É esse o objectivo primeiro e último do professor: que o aluno aprenda. E como todos os alunos não são iguais e não aprendem de forma igual, então os materiais não podem ser iguais, mesmo que as matérias sejam as mesmas. Por isso, é necessário adaptar ou criar de raiz fichas e materiais diferentes. Lembram-se do OSIASHCO, funcionou, não foi? ;) Hoje, não tenho t-e-m-p-o para elaborar esses materiais diferenciados, essas fichas adaptadas a cada aluno/turma.
As fichas de remediação, por exemplo, são essenciais para cada aluno ultrapassar as suas próprias dificuldades. E as dificuldades do A não são as mesmas do B, que está sentado ao seu lado. E na fila de trás está o Y que sabe a matéria Z mas não sabe a matéria L que o A domina muito bem. E assim por diante, pensem em 26 alunos diferentes em cada turma. Daí fazermos, no início do ano, um teste diagnóstico. Para percebermos exactamente o que cada um dos alunos reteve ou não dos anos anteriores. Este ano, com 143 alunos e sem tempo útil para, com calma, analisar as situações específicas de cada um, vou fazendo o melhor que consigo. Vou fazendo o melhor que me permitem! Mas está a ser muito difícil, porque passo demasiado tempo na Escola, a fazer coisas inúteis, simplesmente burocráticas, que literalmente me roubam o tempo para fazer aquilo que é (mais) importante: pensar em como o João pode recuperar as matérias que não adquiriu e em como posso ajudar a Ana a ultrapassar os seus receios e a começar a participar mais nas aulas.
Bom. Adiante.
Agora vou preparar as reuniões: considerar os elogios e as críticas que vou fazer nos Conselhos de Turma, elaborar as sugestões que vou propor, ponderar os níveis de alguns alunos mais complicados, redigir os relatórios a ser entregues, ... ai, tanta coisa!
Já tenho o meu computadorzinho outra vez :D
Em cima, podem ver o meu novo desktop, uma vez mais um wallpaper do VladStudio.
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